19.2.12

Um pedaço de Para Sempre - As Crónicas de Maria



Ele ajoelhou-se à minha frente, expondo as suas calças caqui à terra no chão, facto que não parecia importar-lhe. De facto, a única coisa que lhe parecia importar era a minha presença e a sua atabalhoada busca por algo dentro do seu bolso do casaco. Quando pareceu finalmente encontrar o que quer que fosse, deixo-o no bolso, e, permanecendo ajoelhado como um cavaleiro faz à sua princesa, anunciou, como se fosse a coisa mais normal de se dizer, como um Olá ou um Adeus. Excepto que tais vulgares palavras não mudam a vida de uma rapariga como eu.
- Eu amo-te. Eu amo-te Maria. Este sentimento que percorre o meu ser está-me a consumir. Eu não sei de todo o que tu sentes, mas tenho a certeza que tu, Maria, sabes o que eu sinto. Já te dei todas as indicações que posso imaginar, e agora fico à espera da tua resposta. É claro que se não tivesse recebido resposta da tua parte não estaria aqui, a submeter-me a ti assim, desta forma. Mas preciso de ouvi-lo. Diz-me Maria. Porque se o desejares eu não te importunarei mais. É só dizê-lo. O que desejas, amor meu?
Isto não era uma decisão para se fazer de cabeça no ar. E muito menos uma piada. Mas à medida que Daniel falava, não pude evitar que na minha face se desenhasse um sorriso maior que o sol, e atrás dele impôs-se uma gargalhada, mais alta que o som dos pássaros à nossa volta, nesta manhã Primaveril. Neste momento não pude impedir a minha boca de pronunciar o jorro de palavras que me invadiram, saindo livremente na direcção do homem que se encontrava à minha frente.
- Oh Daniel, meu amor, claro que te amo! Pensei ter sido clara o suficiente a expressar os meus mais profundos sentimentos por ti. As minhas desculpas por tal burrice minha. Por favor, levanta-te desse chão imundo para te poder abraçar, meu querido. Não há nada que deseje mais neste momento do que ter-te nos meus braços para todo o sempre.
- Não sabes como a tua reposta me preencheu a alma, meu amor, e nada me faria mais feliz do que obedecer ao teu pedido, mas Maria, tenho algo que necessito de fazer primeiro.
Daniel procurou de novo no bolso do sei casaco, e desta vez, quando retirou a mão, não vinha vazia. Desta vez, na sua mão vinha uma pequena caixinha preta de veludo. Tenho a certeza que na minha cara estavam estampadas as maiores expressões de espanto e felicidade que o mundo já viu. Dentro de mim não cabia tamanha alegria, e só me apetecia berrar aos sete céus, saltar até conseguir voar, correr até me cansar. Tudo parecia possível neste momento.
- Maria Carolina da Silva Pereira, luz da minha vida, riso da minha gargalhada, felicidade do meu ser, batimento do meu coração, aceitas casar comigo?
- Sim! Sim! Claro que sim!
Estendi a mão, quase ser conseguir conter a minha felicidade. Apenas com muito esforço consegui impedir os meus pés de saltarem, de me lançarem no ar, livres para expressarem o meu fortuna. Daniel deslizou aquele pequeno objecto pelo meu dedo, um anel com um pequeno diamante de tons azulados, e beijou-me cada dedo da mão, até por fim se levantar, dando-me finalmente autorização para lhe saltar nos braços.

Autoria: ME {Zoey}

1 comentário:

  1. Zoey, que belo texto! Está tão romântico! (':
    Vê lá que até me fizeste soltar um sorriso enquanto o lia!
    CONTINUA ^^

    Kiss,
    Heather

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