31.7.11

Desespero#


O vento batia-lhe na cara enquanto a música fazia crescer uma felicidade interior que a fazia esquecer o mundo exterior, como se de um apagador mágico se tratasse. Bolas, ela precisava disso mais do que tudo!
Tudo parecia bem. Tranquilo. Os cinco gatos da sua irmã encontravam-se deitados, a descansar depois de mais um dia de fugir do cão que os atormentava. O mesmo cão que a fazia soltar uma gargalhada a cada minuto que passavam juntos. Nesse momento de tranquilidade a vida deles parecia mais difícil do que a dela. Apenas naquele momento.
Ela continuava a baloiçar na sua rede e a cantar desafinadamente a letra da música que tanto conhecia e adorava. Depois, o seu espírito foi atormentado por uma outra música, uma melodia que ela esperava não vir ouvir, não agora, não depois de todo este tempo. O desespero invadiu-a quando, ao olhar para ao visor do seu telemóvel, confirmou o que temia.
Atendeu. Cinco minutos depois tinha a certeza que os seus planos tinham sido deitados ao chão e espezinhados mais uma vez pelo seu pai. Será que aquilo lhe dava prazer?
Pois, parecia que sim.

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